Bem, era para eu ter escrito este post no dia em que teve o jogo da seleção brasileira contra a África do Sul, mas acabei não tendo tempo e perdi um pouco do gancho. Sem problemas, a história que eu vou contar é atemporal e ainda dá para usar o argumento da Copa de 2010. A partida narrada hoje também é Brasil X África do Sul, só que o jogo não foi exatamente de futebol. Na escalação do time brasileiro estão: Carol, Zaira e eu. Do outro lado do campo: Lars, Tom e Gavin. Respectivamente.... Campo: Vermont, USA.
Zaira foi a primeira a partir para o ataque (hahahaha! elas vão me matar por eu estar incluindo elas na história). O Tom parecia ser um bom adversário, carinha de morango foi logo apelidado carinhosamente pela torcida de Strawberryboy. Ele era bem fofo e a Zaira já estava ficando miniapaixonada. Só que uma pequena contusão fez com que Tom tivesse que abandonar a partida mais cedo e voltar para sua terra. Na véspera, ele chamou a Zaira para uma pequena conversa num restaurante que tinha na esquina de casa – poxa, me esqueci o nome! Em tom muito sério, Tom (nossa, dava para fazer um trocadilho) disse que teria que terminar com a Zaira, afinal ela não era a mulher da vida dele. Não preciso nem dizer qual foi a reação da Zaira, né? Uma leve vontade de rir, afinal ela nem sabia que em algum momento eles tinham tido alguma coisa. Ele não gostou muito dessa reação e foi embora um pouco magoado com a moça Zaira, que ao chegar em casa nos contou toda a história ainda sem entender muito bem. Neste momento vivi uma das cenas mais engraçadas da minha vida, mas se eu contar a Zaira me mata de verdade!!
Depois disso, foi a vez de Carol entrar em campo. O Lars parecia ser um menino bem bacana e nem tão menino quanto o Tom. Ele mostrou bastante disposição e todo dia aparecia lá em casa para jogar com a Carol. No início (os três primeiros dias) até que foi legal, mas depois começou a ficar meio chato e estranho. Imagine você ficar namorando no sofá de casa, quando na sua casa moram pelo menos mais 14 pessoas enlouquecidas.
Resolvi entrar para o time quando conheci o Gavin, uma criatura com um corte de cabelo... ou melhor, sem corte de cabelo... mas muito gente boa. Fiquei algum tempo conversando com ele, tudo fofo, tudo bonitinho. Ele foi bem bacana no dia em que a Carol perdeu a máquina dela. Um belo dia fomos a uma festa na casa deles... ou melhor, no cativeiro que eles habitavam. Era na verdade uma casinha de uma fazendo a quilômetros de distância da estrada que tivemos que ir andando numa temperatura de vinte graus negativos. Novamente conversamos a noite inteira, ele como sempre bem legal. Até que eles nos convenceu que era melhor dormir por lá e ir embora na manhã do dia seguinte, afinal ainda tinha o perigo de encontrar com ursos no meio do caminho. Arranjei logo um sofá para me acomodar e ele foi carinhosamente deitar do meu lado. Opaaa!! Fez cafuné, carinho no braço e... dormiu!! A criatura dormiu! Vocês não estão entendendo, não rolou nenhum beijo. Fiquei bem p%$# da vida e resolvi fazer o mesmo. Até que no meio da noite, a criatura acordou, escovou os dentes e veio me beijar!! Engraçadinho, bem na hora que eu já estava com bafo! Poucas vezes fiquei tão irritada.
Dois dias depois viajaríamos para Boston para assistir ao show do Lifehouse. Bem romântico, tirando o fato de que eu estava com séria crise de sinusite e com pouca paciência. A Zaira coitada também perdeu a máquina, então, resolvi emprestar a minha e ficar esperando ela enfrentar uma fila surreal para tirar foto com a banda. Coisas de Zaira... Mais uma vez, o Gavin foi bem legal, me fez companhia esperando a Zaira e depois caçando uma farmácia aberta. Mas beijo que é bom naaaaada! Eu já tinha até desistido, fui dormir, era até melhor, com sinusite tudo o que você quer é poder dormir de boca aberta tranqüilamente. No meio da madrugada, a criatura bate no meu quarto e pergunta se pode dormir comigo. Fazer o quê, né? Tem horas que não dá para se fazer de difícil. Tentei salvar a parte romântica da minha viagem. E o que ele fez?? Dormiu!! Dessa vez nem entrou em campo, nem encostou na bola direito, que dirá tentar um chute a gol! Ali se esgotou a minha paciência, se eu pudesse jogava uma bomba na África do Sul. Passei a ignorar completamente a existência daquela criatura.
Um tempo depois, estávamos brincando de verdade ou conseqüência quando descobrimos o grande abismo cultural que existe entre o Brasil e a África do Sul. O menino era virgem, mas assim, virgem meeeesssmo!! Sexo só depois do casamento e ele não conseguia nos entender e achava que no Brasil as pessoas se sentiam obrigadas a fazerem sexo!! É... para que uma partida como essa tenha algum tipo de vitória tem que haver muito entrosamento entre os times, se não acaba assim num placar mais morno do que 0 x 0.